Entre os benefícios, estão equipamentos de informática, agroindústria coletiva, agroindústria individual, biodigestor individual, equipamentos agrícolas, grade agrícola individual, batedeira de cereais individual, corretor de solo, esterco orgânico e adubo químico. O objetivo é ampliar a oferta e a diversificação, além de agregar valor aos produtos da agricultura familiar.
O Programa Mais Renda no Campo é executado pelo Departamento de Segurança Alimentar e Nutricional (Desan) da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, por intermédio do Fundo Estadual de Combate à Pobreza.
O secretário estadual da Agricultura, George Hiraiwa, falou sobre a força do associativismo na região. “Estou orgulhoso de ver essa organização. É preciso fortalecer o associativismo, sonhar em formar uma cooperativa. Se nós acreditarmos e nos unirmos, vamos conseguir promover mais desenvolvimento e atrair os jovens para a agricultura”, disse.
Segundo a diretora do Desan, Valéria Nitsche, o edital garante materiais essenciais para aumentar o potencial dos produtos agrícolas. “Esse projeto promove mais qualidade de vida e geração de renda às associações, além de desenvolvimento local”, diz.
No mesmo edital, o Litoral teve mais dois projetos aprovados, um em Antonina e outro em Pontal do Paraná. “É a primeira vez que o Litoral é contemplado em um edital como esse, o que representa muitos benefícios para os agricultores”, afirmou Valéria.
Para o diretor-presidente do Emater, Richard Golba, a parceria é um grande exercício de organização rural coletiva. “Isso é uma estratégia para superar desafios. Por trás dos insumos, o que realmente vai garantir desenvolvimento é a capacidade dos agricultores de ajustar as diferenças em torno das suas convergências e conseguir produzir mais, com mais qualidade, poder disputar esse mercado competitivo”, disse.
O gerente regional do Emater no Litoral, Satoshi Osmar Nonaka, explica que a associação de Paranaguá é a mais organizada do Litoral, e que isso foi fundamental para o sucesso da parceria. O Instituto colaborou na elaboração do projeto em conjunto com a prefeitura e a Secretaria da Agricultra
“Esperamos que essas parcerias continuem, para promover a agricultura familiar do município”, disse o prefeito de Paranaguá, Marcelo Roque.
AGROINDÚSTRIAS – O líder comunitário e presidente da Associação dos Produtores Rurais de Paranaguá, Guiomar Serafim, diz que a região tem entre 13 a 15 agroindústrias que processam alimentos destinados à merenda escolar pelo Programa Nacional de Merenda Escolar (PNAE), todas de pequeno porte e oriundas da Agricultura Familiar, e que estavam sem capital necessário para fazer os investimentos que necessitam. “Por isso, os equipamentos repassados vão agilizar a produção e aumentar a qualidade desses produtos”, diz.
O adubo orgânico e do calcário, insumos que corrigem a acidez do solo, também vão alavancar o aumento da fertilidade das famílias beneficiadas, já que são produtos caros para o pequeno produtor. As agroindústrias beneficiadas produzem farinha de mandioca, produtos de panificadora derivados do aipim, milho verde, abóbora e doces.
PROGRAMA – O Programa busca apoiar financeiramente projetos técnicos de organizações formais da agricultura familiar, alinhados à Política de Segurança Alimentar e Nutricional, com foco na redução da pobreza, das desigualdades sociais e na agregação de renda para agricultores residentes em 267 municípios do Paraná.
COMO FUNCIONA – Os projetos técnicos foram selecionados a partir de um edital publicado em junho do ano passado. Esses projetos preveem ações em 12 linhas com valor máximo de R$ 250 mil. No edital de 2017, foram selecionados 57 projetos de Associações e cooperativas da Agricultura Familiar, totalizando um investimento de R$ 9,03 milhões.
Entre as linhas de atuação, as propostas podem incluir Boas Práticas de Produção e/ou Transformação, Inovação tecnológica, Preservação e/ou de recuperação ambiental, Saneamento básico, proteção de fontes e canalização de água, Apoio à implantação de packing house comunitário e/ou coletivo, Apoio às atividades artesanais e/ou atividades rurais não agrícolas, Fomento ao Turismo Rural, Aquisição de equipamentos para miniprocessamento, lavagem, classificação e beneficiamento de produtos, Fomento à produção orgânica, Aquisição de insumos básicos e equipamentos para a produção agropecuária como sementes, mudas, estufas, equipamentos de irrigação, Aquisição de Insumos básicos para o processo de transformação como embalagem, rotulagem, filtros e Melhoria da qualidade e de agregação de valor para comercialização.